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CAPACITAR SEUS ATLETAS
CAPACITAR SEUS ATLETAS

 

“Chegará o dia em que estará criado um processo irreversível nas categorias de base, onde trocas de comando de um clube – técnicas, administrativas ou políticas – não terão o efeito necessário para que os atletas deixem de refletir e contestar os métodos de treinamento.”

Em tempos de crises e mídias sociais, muita coisa vem acontecendo por todo o planeta. Corruptos são presos pela manhã e soltos à tarde, países ricos ficam pobres ao anoitecer e a consciência coletiva de que algo precisa ser feito pela nossa subsistência e qualidade de vida deixa de ser clichê.

E o futebol (ah o futebol!), também vive suas particularidades. Apesar dos clubes continuarem a gastar mais do que recebem e das seleções tradicionais não mais figurarem isoladas no topo do ranking da FIFA, mais pessoas comuns analisam o jogo: estudiosos, curiosos e gente interessada em saber de verdade o que acontece dentro das quatro linhas.

Principalmente no continente europeu, onde há décadas se estudam e aplicam as novas teorias relacionadas ao jogo e treinamento do futebol e, muito em função disso, começamos a perceber um distanciamento qualitativo de algumas equipes e seleções em relação ao resto do mundo. E, infelizmente, o Brasil está incluído neste resto.

O grande desafio nos próximos anos será pela busca da popularização em solo tupiniquim, desse olhar mais científico, lógico e nem menos apaixonante sobre o futebol.

Muito embora as novas maneiras de enxergar o jogo e o treino do futebol sejam positivas, permitindo inclusive que alguns desvios no processo de formação de atletas sejam corrigidos, resistências a este novo olhar sempre irão ocorrer. E as comparações entre metodologias de trabalho, muitas vezes sem embasamento científico, serão inevitáveis.

Como treinar uma equipe de futebol aproximando-a da imprevisibilidade (e realidade) do jogo, e como trabalhar nas equipes técnicas de maneira integrada e com mais qualidade, são questões essenciais a serem respondidas por quem pretende estar à frente do seu tempo.

Nos esportes coletivos, e no futebol em particular, pesquisadores e especialistas dissecaram as dinâmicas do jogo, que apontaram para eventos comuns e com padrões que se repetem. Foram identificados quatro momentos que nos permitem entender as tais dinâmicas: defesa, transição ao ataque, ataque e transição à defesa.

Nessas quatro situações, todos os jogadores tem um comportamento muito particular em campo, com ou sem a bola.

Os jogadores se relacionam e formam um todo organizado, que é a equipe. Cada equipe tem seus próprios jogadores que se relacionam uns com os outros de maneira particular e essas relações variam quando a equipe está atacandodefendendo e realizando astransições.

Por exemplo: com a bola, os jogadores agem com o objetivo de manter a sua posse na busca pelo gol adversário. Os atletas irão se relacionar dentro do campo de uma forma bastante específica para que isso ocorra. Quando a equipe está sem a bola, os jogadores irão criar dificuldades para que a equipe adversária progrida no campo de jogo e consiga chegar à sua meta. Nestes dois exemplos, os comportamentos e intenções dos jogadores e da equipe são bem distintos.

E o treinador pode moldar a forma como a equipe joga nesses momentos. Modelo de Jogo é o nome dado à forma como a sua equipe deve se comportar no jogo de uma maneira geral, ou seja, como ela defende, ataca e faz as transições. Está intrinsecamente ligado à estrutura da equipe, ou seja, como ela pretende construir o seu jeito de jogar.

A escolha dos atletas é realizada respeitando essas características e devem estar sintonizadas com as ideias do treinador, que por sua vez, irá procurar estar conectado com a cultura e filosofia do clube.

O comportamento dos jogadores e da equipe, em cada momento, pode variar com intenções diferentes, ou seja, o treinador pode influenciar a forma como a relação entre os jogadores acontecerá em cada um dos quatro momentos do jogo.

Na teoria, chamamos de princípios estruturais a forma como os atletas devem se posicionar no campo de jogo. Já princípios operacionais é o nome dado ao que fazer em cada momento do jogo (defesa, ataque e transições).

O futebol é um jogo complexo e saber fazer funcionar as relações entre os jogadores durante a partida é a chave para a obtenção de sucesso.

Saber o que e como fazer nos momentos do jogo é o xis da questão.

A partir deste entendimento é que podemos moldar a forma de como a equipe devetreinar, aproximando-a da realidade da partida e do que ela poderá encontrar diante de um adversário. Inicia-se a construção do jogar da equipe, ou seja, o Modelo de Jogocomeça a ganhar vida.

Os jogos reduzidos e adaptados tem um papel fundamental nesta proposta metodológica no futebol. Mas como qualquer remédio, não basta apenas ler a bula para aplicá-lo. Um médico deve ser consultado e, de preferência, um que reconheça o valor da teoria antes de sair cortando com seu bisturi.

De maneira muito incipiente, algumas boas iniciativas começam a ser percebidas em nosso país, muito em função da sensibilidade de profissionais em cargos de direção e coordenação, que partem para um processo de reciclagem de seus recursos humanos, particularmente dos profissionais que atuam dentro de campo.

E mesmo restrito às categorias de base, alguns clubes brasileiros dão seus primeiros passos em direção aos novos tempos, criando ambientes de aprendizagem aos gestores de campo, buscando reciclar suas equipes técnicas com profissionais mais sintonizados com esta nova perspectiva.

A próxima e mais importante etapa, será a conscientização e capacitação dos atletasdas categorias de base, melhorando o canal de comunicação com seus treinadores e facilitando o diálogo sobre o porquê deste ou daquele tipo de treinamento.

Dessa forma, estará criado um processo irreversível, onde trocas de comando de um clube – técnicas, administrativas ou políticas – não terão o efeito necessário para que os atletas deixem de refletir e contestar os métodos de trabalho.

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